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OPINIÃO: A história do gaúcho foi construída na ponta de adaga e pata de cavalo

"Mostremos valor constância, nesta ímpia e injusta guerra. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra".

Entre a Revolução Farroupilha e os dias atuais, passaram-se 177 anos, mas muitas coisas continuam iguais. Os impostos cada vez mais crescem e escravizam a população trabalhadora. O que fazer? Como chegar a novas propostas de convivência saudáveis? O gaúcho fez crescer o território brasileiro na base da peleia, em cima da pata do cavalo. Criamos uma cultura própria, que se espalhou pelo Brasil. Hoje, temos centros de tradições gaúchas em praticamente todas as capitais.

O convívio entre jovens acontece de forma saudável junto com a família e a cultura de salvaguarda de valores tradicionais. Será que esse modelo não deveria ser levado a todos os Estados brasileiros? Será que o folclore e a cultura não são os melhores caminhos para conduzir os jovens? O Rio Grande do Sul é dito como o Estado mais politizado do Brasil. Será verdade? Será que na democracia conseguiremos pelear sem agressão? Haverá respeito as opiniões divergentes?

Estamos a poucos das de uma eleição, e vemos uma radicalização de posições, sem um pingo de bom senso, de empatia ou busca de pontos em comum, com exclusão de posições contrárias, sem respeito às diferenças, com bullyings aos diferentes. Agressões físicas e psicológicas de todos os tipos. Democracia não se constrói com facadas ou invasões. Mas com diálogo e pontos de convergência. Por mais que discordemos, sempre teremos alguns pontos em comum que podem ser valorizados e incentivados para começar uma negociação em que todos cedem um pouco e todos ganham no contexto.

Precisaríamos ter mais galpões de estância, onde patrões e empregados sentam em volta de um fogo e sorvem um mate na mesma cuia. Onde a troca de ideias é uma constante, onde todos são iguais. Até nos galpões as mulheres abriram seus espaços, conquistaram o respeito, de tal forma que homens e mulheres passaram a se respeitar, cada um com suas características, suas virtudes, suas experiências e diferenças. Como faz falta mais espaços democráticos nas nossas vidas. Onde podemos parar para conversar. Longe dos telefones, das TVs, dos rádios, para realmente discutir opiniões e refletir pensamentos antagônicos. Vamos aprender com os gaúchos. Com o exemplo da roda de chimarrão.

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